Falar de CULTURA é abordar os padrões de comportamento, crenças, instituições e valores espirituais de um povo, transmitidos coletivamente de geração em geração.
Nessa perspectiva, a CULTURA MADALENENSE resiste bravamente aos costumes estilizados das novas gerações e destaca-se pelo que de mais rico a população do município tem: sua arte, religiosidade e festejos populares.
No nosso município podemos encontrar artesãos que trabalham os mais variados estilos: pinturas artesanais em telas ou paredes, esculturas em pedra sabão e madeira, crochê e renda, trabalhos com palhas, material reciclado, etc. Há pouco tempo, foi criada a CASARTMA – Casa de Arte de Madalena, com o principal objetivo de expor os trabalhos de nosso povo e, consequentemente, gerar renda para os artesãos. Só que, na busca de uma identidade para o artesanato madalenense, que caracterizasse o município, o projeto da CASARTMA foi repensado, para decepção de muitos, e foi dado preferência ao crochê, numa linha de produção e venda. Assim, as artesãs produzem peças belíssimas em cama, mesa, banho e trajes pessoais (roupas e bolsas) para vender. Madalena vem se destacando pela qualidade dos trabalhos e já participou de diversos desfiles para divulgar a nova tendência. Enquanto alguns se beneficiam, os demais artistas da terra clamam por reconhecimento, visto que, de certa forma, seus trabalhos foram excluídos.
Na vertente popular, podemos destacar em nosso município o reisado, as festas carnavalescas, festas juninas, festa do município, folclore, vaquejada, desfile da independência e comemorações escolares. Infelizmente, esses costumes vêm se perdendo com o tempo, por falta de recursos, incentivos e políticas de prioridades na área da cultura. O reisado persiste através de um grupo independente formado por aproximadamente 10 pessoas que costumam sair de casa em casa altas horas das primeiras noites de janeiro, cantarolando, acordando os donos dos domicílios para que lhes ofertem alguma prenda. O carnaval vem se perdendo no tempo e resume-se a festas de clube ou apenas bebedeiras, sem contar com nenhuma participação do setor de cultura do município. A vaquejada, típica do sertão nordestino, existe apenas em algumas localidades do nosso lugar, onde o povo ainda se reúne timidamente para aplaudir a derrubada de bois, mas vem caindo no esquecimento das novas gerações. A festa junina que era a mais forte manifestação cultural em festas populares do município encontrou sua decadência nos últimos anos. Os grupos de quadrilhas em número aproximado de 16 (dezesseis) vêm se desfazendo ano após ano por falta de recursos e valorização. Em 2010 apenas 05 (cinco) quadrilhas de escolas participaram do festival junino. O desfile da independência continua por mera formalidade, mas não encontramos mais em nossos alunos o espírito de patriotismo de anos atrás. A mídia contribuiu muito para essa descrença, e já não se acredita mais que o Brasil possa se desenvolver, fato que transformou o desfile da independência em reivindicações populares pela conquista de direitos e pela moralidade na política.
A religiosidade do povo madalenense é diversificada: protestantismo, catolicismo, espiritismo, macumba, dentre outros. O maior índice ainda é de católicos que comemoram a contento todas as grandes datas do calendário cristão, com procissões, missas, quermesses e novenas: São José, Quarta feira de cinzas-quaresma e páscoa, coroação de Nossa Senhora, Corpus Christi, Santo Antonio, São João e São Pedro, Nossa Senhora Aparecida, Festa de Nossa Senhora da Imaculada Conceição e Natal.
Fora tudo isso, ainda temos os sanfoneiros que animam nossas festas com sua música de raiz e também modernizada. Além da Banda de Música Municipal que conta com o apoio da administração.
Permanecem apenas nas lembranças os ditos populares, as brincadeiras de roda, o bumba-meu-boi, anedotas, as brincadeiras de criança que pouco a pouco são substituídos pelo modismo de um mundo globalizado.
O município, mesmo dispondo de uma Secretaria destinada à promoção cultural, os recursos acabam sendo insuficientes e tampouco, esse incentivo é privilegiado no orçamento municipal, gerando um grande descaso por parte dos administradores, pois já que não geram políticas públicas para os jovens, deveriam pelo menos tentar retirá-los das ruas oferecendo atividades culturais como a dança, a música e o teatro.
Enfim, é fácil perceber que contamos com uma cultura rica, mas não existe prioridade/e interesse governamental para que esses costumes permaneçam e, amanhã tudo será apenas cinzas, histórias que o povo irá contar.
Lucínio Barbosa
Nessa perspectiva, a CULTURA MADALENENSE resiste bravamente aos costumes estilizados das novas gerações e destaca-se pelo que de mais rico a população do município tem: sua arte, religiosidade e festejos populares.
No nosso município podemos encontrar artesãos que trabalham os mais variados estilos: pinturas artesanais em telas ou paredes, esculturas em pedra sabão e madeira, crochê e renda, trabalhos com palhas, material reciclado, etc. Há pouco tempo, foi criada a CASARTMA – Casa de Arte de Madalena, com o principal objetivo de expor os trabalhos de nosso povo e, consequentemente, gerar renda para os artesãos. Só que, na busca de uma identidade para o artesanato madalenense, que caracterizasse o município, o projeto da CASARTMA foi repensado, para decepção de muitos, e foi dado preferência ao crochê, numa linha de produção e venda. Assim, as artesãs produzem peças belíssimas em cama, mesa, banho e trajes pessoais (roupas e bolsas) para vender. Madalena vem se destacando pela qualidade dos trabalhos e já participou de diversos desfiles para divulgar a nova tendência. Enquanto alguns se beneficiam, os demais artistas da terra clamam por reconhecimento, visto que, de certa forma, seus trabalhos foram excluídos.
Na vertente popular, podemos destacar em nosso município o reisado, as festas carnavalescas, festas juninas, festa do município, folclore, vaquejada, desfile da independência e comemorações escolares. Infelizmente, esses costumes vêm se perdendo com o tempo, por falta de recursos, incentivos e políticas de prioridades na área da cultura. O reisado persiste através de um grupo independente formado por aproximadamente 10 pessoas que costumam sair de casa em casa altas horas das primeiras noites de janeiro, cantarolando, acordando os donos dos domicílios para que lhes ofertem alguma prenda. O carnaval vem se perdendo no tempo e resume-se a festas de clube ou apenas bebedeiras, sem contar com nenhuma participação do setor de cultura do município. A vaquejada, típica do sertão nordestino, existe apenas em algumas localidades do nosso lugar, onde o povo ainda se reúne timidamente para aplaudir a derrubada de bois, mas vem caindo no esquecimento das novas gerações. A festa junina que era a mais forte manifestação cultural em festas populares do município encontrou sua decadência nos últimos anos. Os grupos de quadrilhas em número aproximado de 16 (dezesseis) vêm se desfazendo ano após ano por falta de recursos e valorização. Em 2010 apenas 05 (cinco) quadrilhas de escolas participaram do festival junino. O desfile da independência continua por mera formalidade, mas não encontramos mais em nossos alunos o espírito de patriotismo de anos atrás. A mídia contribuiu muito para essa descrença, e já não se acredita mais que o Brasil possa se desenvolver, fato que transformou o desfile da independência em reivindicações populares pela conquista de direitos e pela moralidade na política.
A religiosidade do povo madalenense é diversificada: protestantismo, catolicismo, espiritismo, macumba, dentre outros. O maior índice ainda é de católicos que comemoram a contento todas as grandes datas do calendário cristão, com procissões, missas, quermesses e novenas: São José, Quarta feira de cinzas-quaresma e páscoa, coroação de Nossa Senhora, Corpus Christi, Santo Antonio, São João e São Pedro, Nossa Senhora Aparecida, Festa de Nossa Senhora da Imaculada Conceição e Natal.
Fora tudo isso, ainda temos os sanfoneiros que animam nossas festas com sua música de raiz e também modernizada. Além da Banda de Música Municipal que conta com o apoio da administração.
Permanecem apenas nas lembranças os ditos populares, as brincadeiras de roda, o bumba-meu-boi, anedotas, as brincadeiras de criança que pouco a pouco são substituídos pelo modismo de um mundo globalizado.
O município, mesmo dispondo de uma Secretaria destinada à promoção cultural, os recursos acabam sendo insuficientes e tampouco, esse incentivo é privilegiado no orçamento municipal, gerando um grande descaso por parte dos administradores, pois já que não geram políticas públicas para os jovens, deveriam pelo menos tentar retirá-los das ruas oferecendo atividades culturais como a dança, a música e o teatro.
Enfim, é fácil perceber que contamos com uma cultura rica, mas não existe prioridade/e interesse governamental para que esses costumes permaneçam e, amanhã tudo será apenas cinzas, histórias que o povo irá contar.
Lucínio Barbosa
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