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Mostrando postagens de 2019

A formação de leitores à luz da família, escola e da literatura.

A formação de leitores à luz da família, escola e da literatura. É certo afirmar que a leitura se faz necessária em todos os ambientes da nossa sociedade, que ela amplia nossos conhecimentos, aperfeiçoa a escrita, enriquece nosso vocabulário e desenvolve nosso senso crítico, sendo essa a importância que o domínio dela traz para os indivíduos. Martins (1988, p. 37) destaca que há três níveis de leitura a saber: a leitura sensorial realizada através dos sentidos, a leitura emocional que mexe com os sentimentos e a leitura racional que nos leva à reflexão e ao questionamento. Acrescenta ainda que não se deve supor a existência isolada de cada um desses níveis, pois eles se inter-relacionam (MARTINS, 1988, p. 77). Para o indivíduo desenvolver o gosto pela leitura, o ambiente familiar tem uma grande parcela de responsabilidade nesse estímulo, pois como afirma Vieira (2004, p. 06) “o leitor formado na família tem um perfil diferenciado (...) O leitor que se inicia no âmbito familia...

A leitura como experiência

Barthes (1970) em “Escrever a leitura” tenta transmitir através da escrita a experiência que a leitura pode proporcionar quando o leitor procura captar a composição do autor. Trata-se de um êxtase em que numa leitura são suscitadas diversas formas de leituras: inquietantes, reflexivas, associativas, que traduzem certas excitações no mundo das ideias do leitor. Leitura que toma forma individual, de uma crítica sem censura, de partículas microscópicas buscando ser decifradas, de ideias telescópicas que são interpretadas a partir de características psicológicas das personagens e da sociologia do enredo. Uma leitura que se decompõe e se articula entre o escrito e o imaginário, entre o óbvio e o inexplicável, entre o latente e o desvelado, entre a razão e a emoção. Seria o autor demasiadamente proprietário eterno de sua obra? Seria o leitor simples usufrutário do texto? Existe um sentido certo para um texto que circula, que se reinventa nas leituras de vários leitores, nas verdades e ...

Carta argumentativa sobre livro "Por uma vida melhor", capítulo sobre variação linguistica de Heloísa Ramos

Texto produzido durante a avaliação da disciplina de Linguística do Curso de Mestrado Profissional em Letras (PROFLETRAS) da Universidade Estadual do Ceará. Produzir uma carta argumentativa à Revista Istoé por matéria publicada sobre o livro "Por uma vida melhor", num capítulo sobre variação linguística de Heloísa Ramos. Sr. Editor da Revista IstoÉ, O povo brasileiro, apesar de ter como língua mãe o tupi-guarani, teve que se adaptar ao idioma português imposto pelo colonizador a partir do século XVIII. A língua do nosso povo foi enriquecida pelas diversas línguas e costumes daqueles que em nossas terras vieram habitar. Assim, fomos aprendendo novas palavras, novas maneiras de se comunicar, mas sempre houve uma diferenciação entre o povo da senzala e da casa grande. Com as regras do bem falar não foi diferente: a elite tinha acesso ao estudo enquanto os servos só serviam para trabalhar. Durante muito tempo convivemos com uma sociedade iletrada, analfabética, apesar ...