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Mostrando postagens de março, 2019

A leitura como experiência

Barthes (1970) em “Escrever a leitura” tenta transmitir através da escrita a experiência que a leitura pode proporcionar quando o leitor procura captar a composição do autor. Trata-se de um êxtase em que numa leitura são suscitadas diversas formas de leituras: inquietantes, reflexivas, associativas, que traduzem certas excitações no mundo das ideias do leitor. Leitura que toma forma individual, de uma crítica sem censura, de partículas microscópicas buscando ser decifradas, de ideias telescópicas que são interpretadas a partir de características psicológicas das personagens e da sociologia do enredo. Uma leitura que se decompõe e se articula entre o escrito e o imaginário, entre o óbvio e o inexplicável, entre o latente e o desvelado, entre a razão e a emoção. Seria o autor demasiadamente proprietário eterno de sua obra? Seria o leitor simples usufrutário do texto? Existe um sentido certo para um texto que circula, que se reinventa nas leituras de vários leitores, nas verdades e ...